O que o fracasso dominicano ensina

A República Dominicana tinha um projeto nobre nesta Copa América. Queria classificar sua equipe de basquete masculino para uma grande competição, o que não acontecia há 31 anos – a última participação representativa da seleção foi no Mundial de 1978.

Para isso, foram chamados para serem parte do projeto quatro jogadores da NBATrevor Ariza, Francisco Garcia, Charlie Villanueva e Al Hortford. Os três últimos atenderam à convocação.

A presença dos três, colocou, pelo menos a princípio, a seleção entre as principais favoritas ao título da Copa América. Porém, ontem, a derrota da equipe frente à inexpressiva seleção do Canadá tirou qualquer chance do país de quebrar o tabu e voltar a participar de um Mundial.

O ocorrido apenas mostra que um amontoado de bons jogadores, se não tiver um bom padrão de jogo, não leva uma equipe a lugar algum. Garcia, Villanueva e Hortford – principalmente os dois últimos – não têm mais as características do basquete do Caribe, de velocidade e arremessos de longe, que consagrou a seleção de Porto Rico nos últimos tempos. Assim, a equipe dominicana perdeu sua “cara”.

Não faltou comprometimento dos astros – Villanueva, inclusive, postou em seu Twitter dizendo que o jogo de ontem era mais do que basquetebol, porque dizia respeito a seu país, a sua família, a sua cultura, sua nação. Por isso, lamento um pouco o infortúnio de sua equipe.

Por outro lado, fica uma lição; vale mais apostar em uma seleção com um bom padrão de jogo – como são, por exemplo, Grécia e Lituânia – do que em um time formado – ou não – por um punhado de jogadores da NBA.

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Sobre Lucas Pastore

Um dos fundadores do Spurs Brasil. Formado em Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2010, é site manager da Fifa e podcaster do Cultura Pop. Cobriu o basquete olímpico na Olimpíada de 2016 pelo LANCE!. Trabalhou também para UOL, Basketeria e mob36.

Publicado em 05/09/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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