O Brasil é, sim, favorito

Depois das disputas do Super Four Eletrobrás e da Copa Tuto Marchand, não parece exagero afirmar que a Seleção Brasileira masculina de basquete só fica fora do Mundial de 2010 se algo muito fora do comum acontecer. Sem nenhuma derrota sob o comando de Moncho Monsalve neste ano (jogando com a equipe principal), o Brasil chega à Copa América para abocanhar uma das quatro vagas para a Turquia.

A equipe do técnico espanhol vem atuando muito bem. Moncho conseguiu imprimir rapidamente à Seleção uma consistência defensiva e uma boa movimentação ofensiva – impedindo que os jogadores de perímetro forcem irritantes arremessos interminavelmente. Além disso, os sete principais jogadores do time, Huertas, Leandrinho, Varejão, Splitter, Alex, Giovannoni e até mesmo Marcelinho Machado – quem acompanha meus textos sabe que não sou fã do seu basquete – se encaixaram bem no esquema do treinador e vêm atuando bem.

Depois dos dois títulos, o Brasil tem uma estreia nada tranquila pela frente – pega a República Dominicana, de Francisco García, Charlie Villanueva e Al Hortford pela frente. Um jogo que coloca frente à frente, na minha opinião, os dois maiores candidatos ao título da Copa América. Boas atuações dos homens de garrafão brasileiros – principalmente a dupla titular, formada por Varejão e Splitter – serão indispensáveis para a Seleção sair com vitória e manter a boa fase.

Correm por fora na disputa pelo título Argentina e Porto Rico, seleção mandante. É bem verdade que, na preparação, as equipes jogaram desfalcadas de seus principais homens de perímetro; os armadores Prigioni e Arroyo, respectivamente. Porém, só a presença dos dois não me parece colocar as equipes em condições de baterem de frente com Brasil e República Dominicana. Mas, mesmo assim, argentinos e porto-riquenhos devem ficar com as últimas vagas sem maiores dificuldades.

Agora, é esperar o jogaço de quarta para ver se minhas expectativas estão corretas, ou se estão empolgadas demais com o momento do basquete brasileiro. Afinal, o título da Copa América seria um passo importantíssimo para a reconstrução do esporte no país.

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Sobre Lucas Pastore

Um dos fundadores do Spurs Brasil. Formado em Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2010, é site manager da Fifa e podcaster do Cultura Pop. Cobriu o basquete olímpico na Olimpíada de 2016 pelo LANCE!. Trabalhou também para UOL, Basketeria e mob36.

Publicado em 22/08/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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