Arquivo mensal: julho 2009

Dinastias de bolso

Os tempos de ouro do esporte mundial se foram faz alguns anos. Quando afirmo isso, não me remeto somente ao basquete. As partidas clássicas de futebol, vôlei, tênis e até peteca nunca mais existirão. Existe, hoje, uma grande má vontade do público que acompanha o esporte com o que acontece dentro das quadras – ou campos, ruas, enfim…

Não conseguimos mais enxergar potenciais para lembrarmos no futuro e nos agarramos a um saudosismo chato e insistente, que tem como ordem principal ignorar os feitos do presente. Focando só no basquete, tema central deste espaço, podemos citar os famigerados casos dos atletas LeBron James e Kobe Bryant, respectivamente MVP e MVP das Finais da NBA. Não enxergamos somente o jogo dos dois, a maneira excepcional com a qual atuam, a maestria com a qual conduzem a bola e seus times. Vamos além, somos chatos e comparamos ambos com aquele que é a figura sagrada do basquete, Michael Jordan. Não são poucos os que fazem comparações esdrúxulas. “Quando Michael tinha cinco anos de NBA, um caminhão atropelou seu cachorro. Alguns anos depois ele se lembrou disso, mudou sua maneira de jogar e foi campeão pelo Bulls. James completou cinco anos de liga e seu cachorro surpreendentemente foi atropelado, é fato que ele será campeão daqui a x anos”, diz aquele Nostradamus que se baseia em dados nada confiáveis para fazer as comparações que citei.

Dentro deste panorama, no entanto, vejo pouca culpa nos fãs do esporte. Vejo maior culpa naqueles que conduzem os destinos das franquias da NBA, no caso do basquete, no caso norte-americano. Atualmente as equipes são criadas apenas para renderem de imediato. E render, aqui, não pensem que significa apenas jogar bem. Render significa, acima de tudo, fazer dinheiro. Não sou daqueles que adoraria que os jogadores ganhassem cinco mil dólares por mês, apesar de achar exorbitantes as quantias despendidas. Mas o dinheiro tomou patamar tão importante que hoje os times montados me lembram comida pronta, celulares e outros aparelhos portáteis, enfim, coisas que são feitas para o rápido consumo, duram pouco e não marcam nossas vidas.

Quando falamos nas grandes equipes do passado, deixando de lado o saudosismo estúpido que muitos cultivam, falamos de grandes conjuntos que duraram um bom tempo. De jogadores que se conheciam e faziam o jogo parecer uma brincadeira. Jogavam por prazer e sabiam jogar juntos. Foram campeões, arrebataram prêmios e fãs e marcaram uma época. Coisa que dificilmente acontece hoje. As equipes são montadas e desmontadas de um ano para o outro; é difícil saber se Fulano está na equipe A, B, C ou se já foi contratado pela D para ser enviado para X em troca do Beltrano. O dinamismo que surgiu como solução de muitos problemas ganha tons de desespero e faz os fãs se perderem em meio a rumores e mais rumores.

O Boston Celtics, por exemplo, me faz enxergar essa situação. Antes, um aviso: se você é torcedor da franquia verde de Boston, não me leve a mal. Não estou fazendo um julgamento, estou apenas impondo meu ponto de vista. Voltando ao assunto, como disse, os Celtics são para mim o exemplo perfeito dessa situação. Vinham em uma decadência absoluta desde o final dos anos de 1980, passaram por seu pior período nos anos de 1990 e hoje possuem um dos melhores times da NBA graças às trocas realizadas no verão estadunidense de 2007.

Mas, apesar da força demonstrada com a conquista de um título sob a batuta de Paul Pierce, Kevi Garnett e Ray Allen, o Celtics montou, ao meu ver, uma dinastia de bolso, assim como os já citados celulares. Montou um time para o presente, que com certeza retomou o orgulho verde, mas que daqui dois ou três anos dificilmente estará no topo. Foi uma solução imediata que pode causar problemas num futuro próximo.

Problemas iguais aos que meu celular, feito para durar pouco, me causa…

Interativo – Spurs @ Hornets – Las Vegas Summer League

Melhores Momentos de Spurs @ Hornets – 12/07/2009

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Blair agrada comissão técnica após primeiro jogo

Principal nome dentre os novatos selecionados pelo San Antonio Spurs no último recrutamento de calouros, o ala DeJuan Blair fez ontem sua primeira partida pela equipe texana. O duelo ante o New Orleans Hornets valeu pela Liga de Verão de Las Vegas, e terminou com vitória do Spurs e ótima atuação do novato, que atingiu um duplo-duplo ao anotar 13 pontos e obter dez rebotes. A atuação rendeu elogios do assistente técnico Don Newman, treinador do time na Liga, ao jogador.

Blair em ação na Liga de Verão de Las Vegas; com 13 pontos e dez rebotes o novato impressionou a comissão técnica.

“Fiquei impressionado com sua qualidade na obtenção de rebotes. Ele faz isso com muita facilidade. Se souber se portar assim na NBA, teremos adquirido um jogador que será um dos melhores nesse aspecto em pouco tempo”, disse Newman. “Fiz um relatório sobre o jogo para o Gregg [Popovich, treinador do Spurs] e realmente elogiei muito Blair. Ele fez uma ótima atuação. Acho que deverá figurar bem na equipe principal durante a temporada”, completou.

Ao saber dos elogios desferidos pelo treinador sobre seu jogo de estreia, o novato fez questão de agradecer os companheiros e apontar que seu comportamento em quadra não deverá mudar quando chegar ao time principal, para disputar duelos da mais badalada liga de basquete do mundo.

“Meu objetivo sempre foi entrar na NBA, e realizei esse sonho por uma das melhores equipes da atualidade. Tenho apoio incondicional dos companheiros e da comissão técnica, e isso me faz bem”, falou Blair. “Quando estou em quadra, seja por qual torneio for, busco mostrar o meu melhor. Jogo para me divertir e isso sempre dá certo”.

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Spurs @ Hornets – Las Vegas Summer League

92X86New Orleans Hornets

O San Antonio Spurs vence neste domingo o New Orleans Hornets por 92 a 86 em sua estréia na Liga de Verão de Las Vegas.

Hill começou arrasador sua participação neste ano na Liga de Verão em Las Vegas(Foto por Garrett W. Ellwood/NBAE via Getty Images)

Hill começou arrasador sua participação neste ano na Liga de Verão em Las Vegas (Foto por Garrett W. Ellwood/NBAE via Getty Images)

A equipe texana começou com uma surpresas na equipe titular; o ala-pivô James Gist, draftado no ano passado, começou a partida entre os titulares, deixando o badalado novato DeJuan Blair no banco. Além de Gist, Hill, McClinton, Hairston e Mahinmi iniciaram a partida.

Os jovens Spurs sofreram um pouco com a inexperiência e com a falta de ritmo de jogo logo no primeiro quarto; diversos jogadores se penduraram nos primeiros minutos da partida. Com isso, pudemos ver em ação um maior número de atletas.

No segundo tempo, a equipe texana melhorou bastante seu jogo, e, com um começo de terceiro quarto fulminante, tomou a liderança da partida, se manteve no jogo até o fim e sacramentou a vitória nos instantes finais.

Jogo contou com uma árbitra, Metta Roberts. Copyright 2009 NBAE (Photo by Garrett W. Ellwood/NBAE via Getty Images)

Jogo contou com uma árbitra, Metta Roberts. (Foto por Garrett W. Ellwood/NBAE via Getty Images)

Do lado dos Spurs, o grande destaque foi o armador George Hill, um “veterano” nessa equipe. Foram 25 pontos, quatro rebotes e três assistências. Além dele, fizeram grande partida os outros dois jogadores que devem fazer parte do elenco profissional do time: o ala Malik Hairston, com 16 pontos, e o ala-pivô DeJuan Blair, que, além de 13 pontos, confirmou sua fama de bom reboteiro pegando dez rebotes.

Me decepcionaram as atuações do armador Jack McClinton, com apenas dois pontos e dois rebotes, do ala-pivô titular James Gist, com quatro pontos e três rebotes, e do pivô Ian Mahinmi, que, apesar dos oito pontos e quatro rebotes, exagerou no número de faltas.

A grata surpresa ficou por conta do ala Romel Beck, que anotou 13 pontos e pegou três rebotes. Em situação oposta, o armador Nando de Colo e o ala brasileiro Marquinhos nem sequer tiveram a oportunidade de entrar em quadra.

Do lado dos Hornets, destaque para os armadores Darren Collison e Marcus Thornton e para o ala Julian Wright; se tiverem chances na temporada regular, são jogadores para serem observados de perto.

Essa jovem equipe do San Antonio Spurs volta à quadra na terça, quando enfrenta a representação do Denver Nuggets também pela Liga de Verão de Las Vegas.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

George Hill – 25 pontos, quatro rebotes, três assistências, 100% (11-11) de aproveitamento nos arremessos livres e quatro perdas de posse

Malik Hairston – 16 pontos e 100% (2-2) de aproveitamento nos arremessos de três pontos

DeJuan Blair – 13 pontos e 10 rebotes

Romel Beck – 13 pontos e três rebotes

New Orleans Hornets

Marcus Thornton – 22 pontos, seis rebotes e duas roubadas

Darren Collison – 19 pontos, seis assistências, cinco rebotes e 100% (7-7) de aproveitamento nos arremessos livres

Julian Wright – 15 pontos, sete rebotes, três tocos e duas roubadas

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Esquema tático foi atrativo para Spurs trazer McDyess

Não é segredo para nenhum fã do San Antonio Spurs que o grande desejo da franquia dentre os agentes livres disponíveis neste momento na NBA era o ala-pivô Rasheed Wallace, que recentemente acertou contrato com o Boston Celtics. A contratação de Antonio McDyess, jogador da mesma posição de Wallace, através do mercado de jogadores sem contrato, no entanto, é muito comemorada por diretores e pela comissão técnica do time. O jogador, apesar de ser segunda opção, é desejo antigo dos comandantes da franquia ,e precisou ser convencido das vantagens de atuar no Spurs ao longo das negociações.

Sabendo do desejo do Spurs por Rasheed, McDyess ouvira propostas de alguns outros times da liga e, segundo o general manager RC Buford, estava prestes a fechar com outra equipe da NBA quando recebeu a abordagem dos texanos. E, apesar de muitos afirmarem que a escolha do jogador foi feita pelo lado financeiro, Buford afirmou que a contratação aconteceu pelo fato de o ala-pivô ser franco admirador das táticas usadas pelo treinador Gregg Popovich.

“Quando começamos a conversar com Antonio, achávamos que ele estava muito distante. Insistimos muito e lhe apresentamos um belo projeto. Ao analisar melhor nossa proposta, ele nos revelou que as táticas de quadra do time eram um grande atrativo”, afirmou Buford. “Seu estilo de jogo, segundo ele mesmo disse, se encaixa perfeitamente com o do Spurs, e ele acha isso formidável. Além, é claro, de ser um grande admirador do nosso treinador” – completou.

E, aos poucos, o jogador começa a se entrosar com o time. Após assinar contrato na última sexta-feira, McDyess já treinou com seus novos colegas e acompanhou alguns treinamentos de campo realizados por jogadores mais jovens, como o armador George Hill e o novato ala DeJuan Blair. Na rotação de quadra da franquia de San Antonio, o novo jogador do time deverá ser, em um primeiro momento, reserva imediato do astro Tim Duncan. Cogita-se também a possibilidade de McDyess disputar posição com Matt Bonner, pivô titular em toda a última temporada.