Recomeço

Há 50 anos atrás, a seleção brasileira de basquete masculino vencia o Chile por 73 a 49 e sagrava-se campeã mundial pela primeira vez em sua história. O treinador Kanela comandou nomes como Wlamir Marques, Amaury Passos e Rosa Branca em uma conquista histórica; na época amadores, cada atleta ganhou apenas vinte dólares pela conquista.
Porém, a quantia financeira pouco importava para os atletas; a conquista foi atingida graças ao amor à camisa que movia aqueles atletas, e que os move até hoje. Essa geração, inspirou, por exemplo, outra seleção vitoriosa do nosso basquetebol; a de Oscar Schmidt. Eu sou um daqueles que não entende a adoração ao ex-ala e que tem algumas críticas ao seu basquetebol, mas não podemos negar o amor que o ex-atelta tem por nosso país.
Amor esse que parece estar perdido nos dias de hoje. Vale lembrar que, recentemente, Leandrinho, Anderson Varejão e Nenê – principais referências do basquete brasileiro na atualidade – não disputaram o pré-olímpico pela seleção brasileira. E eu fico imaginando que motivos pessoais mais importantes do que jogar uma olimpíada com seu país moveram essa decisão.
Para tentar recuperar, entre outras coisas, esse sentimento de amor à camisa, começou nessa semana a NBB, liga nacional que é considerada por muitos o começo de uma reestruturação no basquete nacional. Atuarão nela nomes importantes presentes no último ciclo olímpico brasileiro, como Valtinho, Nezinho, Alex, Duda, Marcelinho Machado, Marquinhos, Estevam, Baby e o técnico Lula Ferreira, e outros atletas com passagens pela seleção, como Helinho, Ratto e Rogério.
A NBB já começou. Os clubes já começaram a fazer seu trabalho para recuperar a força do basquete nacional. Vamos ver o que a CBB e nossos atletas de destaque farão nas próximas convocações da seleção brasileira.
Publicado em 31/01/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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