E se a temporada acabasse hoje… as surpresas

Amigo leitor do Spurs Brasil,

Festas, festas e mais festas nesse final de ano que passou. Aquela alegria contagiante – ou não – de ano novo ainda paira sobre nossas cabeças e só daqui a pouco voltaremos a falar de crise, violência e Obama. Para falar a verdade, nenhuma surpresa para mim nessa primeira semana que passei em 2009. Já na NBA, nesse início de temporada, não posso dizer a mesma coisa. Se já elegi meus craques e minhas decepções, faço agora os votos daqueles jogadores, times ou outros que me surpreenderam até o momento. E lá vai a lista…

George Hill

Eu não poderia começar de outro modo. Se você, amigo leitor, se lembra de meu último artigo – se não se lembrar, apenas clique em “minhas decepções”, logo acima – fiquei fulo da vida quando Popovich deixou passar DeAndre Jordan, Chris Douglas-Roberts e Mario Chalmers para escolher o até outrota desconhecido George Hill.  Pois bem, até o momento, essa é a supresa que mais me agrada na atual temporada. Hill ainda não é um jogador para ser titular, mas é a luz no fim do tunel para aqueles torcedores do Spurs que, assim como eu, temem pela aposentadoria de Manu Ginóbili. O novato se mostrou ótimo armador e, pela estatura, pode até fazer a função de ala-armador. Deve crescer muito nas mãos de Gregg Popovich – a quem hoje eu agradeço por ter selecionado o garoto.

Paul Millsap

Desde 1998 até 2006, o Utah Jazz praticamente fez o papel de figurante de luxo, ex-grande ou outras coisas do gênero na NBA. Até que Deron Williams e Carlos Boozer – sim, o time que ressurgiu foi pautado nessa dupla – colocaram a equipe de Salt Lake City novamente próxima a um lugar ao Sol. Começa a temporada 2008/2009 e não é que Boozer se machuca, fica fora da equipe, passa por cirurgia, fala besteiras sobre seu contrato e acaba sendo um importante desfalque para o Jazz? Pois heis que surge Paul Millsap, jovem ala-pivô que sempre me agradou, mas que nunca tinha tido uma chance real. Assim como Hill fez com Parker ao substituí-lo à altura quando este se lesionou, Millsap vem fazendo a mesma função em Utah. E vem jogando muita bola. Boozer, coitado, deve estar arrependido de falar sobre seu contrato antes da hora… afinal, Millsap parece mais do nunca pronto para ser o novo ala-pivô do Jazz.

Nenê

Nunca mesmo fui um admirador do basquete do “desbravador brasileiro na NBA”. Achei um grande absurdo quando Nenê recebeu mais de US$ 60 milhões para jogar mais seis anos no Denver Nuggets. Mas admito que estou gostando de ver o quanto o brasileiro tem se dado bem nesta temporada. Realmente, eu não esperava que um jogador com um histórico de lesões graves no currículo e recém-curado de um cancêr nos testículos fosse voltar tão bem como está. Hoje sou fã de Nenê. Não só por seu basquete, que aprendi a admirar, mas também pelo força com a qual retornou para brilhar na NBA e ser apontado pelo próprio treinador de sua equipe, George Karl, como fundamental na boa campanha que vem sendo feita pelo time de Denver até o momento.

New Jersey Nets

No meio da última temporada regular, sai Jason Kidd. Antes da atual começar, sai Richard Jefferson. Os reforços? Yi Jianlian e Brook Lopez, por assim dizer. É o que muitos em Nova Jersey chamam de “Projeto 2010”. Quando a equipe vai mudar pra o Brooklyn e pretende adquirir LeBron James. Mas não entremos nesse mérito. O Nets era considerado por muitos o maior candidato ao posto de saco de pancadas da liga – and the winner is… Oklahoma City Thunder! – e hoje estaria voltando à pós-temporada. Vince Carter voltou a ter seus momentos de Vinsanity, aquele jogador que todos gostavam de ver no Toronto Raptors, e ainda ganhou a ascensão mais do que bem vinda do armador Devin Harris, que, em minha humilde opinião, caminha a passos largos para formar ao lado de Rajon Rondo a dupla de armadores do futuro na conferência Leste. O Nets surpreendeu e hoje não é só um time que disputa a tapas contratos expirantes e escolhas de recrutamento altas – deixam isso pro outro lado da ponte, em Nova York.

Denver Nuggets

Depois de me redimir falando sobre Nenê, falarei sobre a equipe na qual ele joga, o Denver Nuggets. Se você, amigo leitor, acompanha minhas colunas aqui no Spurs Brasil, sabe que minha cotação era deixar o Nuggets fora dos playoffs nessa temporada – se não lembra é só clicar aqui. Porém, com a chegada do armador Chauncey Billups, as coisas mudaram no Colorado. O time passou a ter seus pontos melhor distribuídos e, com a grande ascenção de Nenê, tem tudo para abocanhar uma vaga na pós-temporada como melhor time da divisão Noroeste, uma vez que o Utah Jazz, um dos principais adversários em tal divisão, não vai tão bem.

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Sobre Leonardo Sacco

É jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cravou a opção pelo jornalismo no estouro do cronômetro, quando criou o Spurs Brasil em uma madrugada de domingo para segunda. Escreve para o Yahoo! Esportes e dá seus pitacos no @leosacco.

Publicado em 06/01/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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