Ir para a Europa pode ser a solução

A atual offseason da NBA está recheada de um novo fator, que ameaça a permanência dos principais astros na Liga. Trata-se do interesse de equipes da Europa em tirar da liga norte-americana de basquete seus principais jogadores, começando pelos menos expressivos como Earl Boykins e Josh Childress, para culminar, quem sabe, na ida de mega-astros como Kobe Bryant e LeBron James, em um sonho que as cifras européias podem tornar realidade. Mas não é sobre essa ida à Europa que gostaria de tratar nesse espaço.
O Velho Continente, como já dito, é, com seus Euros, um paraíso para as equipes, sedentas por marketing, propaganda e lucros. E é graças a isso que diversas equipes da NBA resolvem mandar alguns de seus jogos contra equipe oriundas da Europa. Os “petrodólares” russos, ultimamente, têm sido os principais alvos estadunidenses (e canadense, no caso do Toronto Raptors). Mas também não se é dispensado um dinheiro italiano, francês ou inglês. Qualquer Euro (ou Libra) somado ao fato da dantesca exposição causada pelos amistosos em solo europeu é muito bem-vindo para as franquias da NBA, sempre citadas como exemplo no quesito organização.
E neste ano, com os jogadores estadunidenses em alta na Europa devido ao enorme interesse e, é claro, aos Jogos Olímpicos, o San Antonio Spurs resolveu não explorar seu potencial de marketing em terras européias e resolveu mandar todos os jogos de sua pré-temporada nos Estados Unidos. Nada de jogar na Europa, nada de longas viagens que renderão algumas ótimas cifras. O Spurs passará suas férias inteiras jogando alguns amistosos com os times que sempre enfrenta. E deixará de dar o prazer de ver um conterrâneo bem-sucedido aos europeus.
Explico: no elenco da equipe de San Antonio temos nada mais, nada menos do que o único jogador europeu a conquistar o premio de melhor jogador das Finais da NBA, o belga naturalizado francês Tony Parker. Atração na certa para seus conterrâneos, Parker poderia render alguns milhares de Euros aos cofres do Spurs, e ainda faria uma ótima propaganda do time em sua terra natal. O jogador ainda teria a companhia de um antigo ídolo local, o argentino Manu Ginobili, que outrora desfilava seu jogo em solo italiano, local onde é, até hoje, idolatrado.
Somem os dois fatos citados com a gigantesca fama que Tim Duncan tem no mundo e pronto, o Spurs tem um time pronto para jogar e agradar nos solos europeus. Ian Mahinmi e Fabrício Oberto ainda seriam peças menos famosas, mas que poderiam ajudar na impulsão do marketing texano na Europa. Enfim, seria uma oportunidade imperdível neste ano, mas que não será aproveitada pela diretoria do Spurs. Quem fique bem claro que este texto não critica de modo algum a ótima administração texana, só expõe uma opinião que pode funcionar. Um artigo que deixa a seguinte questão: por que não ir para a Europa?
Publicado em 19/08/2008, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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