São duas competições

Poucos fãs do basquetebol mundial apostariam que a Rússia estaria em situação tão complicada quanto está nesses momento nos Jogos Olímpicos de Pequim. Após a surpreendente derrota de hoje frente à Austrália, Kirilenko e cia chegam à última rodada dependendo de um milagre para se classificarem para as quartas-de-final da competição.
Esse milagre consiste em, além de torcer por uma improvável vitória de Irã frente a Bogut e companhia, vencer a ascendente seleção da Argentina, que vem de três vitórias seguidas, sendo uma delas frente a respeitável Croácia. Ginobili e cia só não conseguiram vencer a surpreendente seleção da Lituânia, a sensação dessa competição, líder de seu grupo e que hoje também bateu os croatas.
No outro grupo, em um confronto direto pela quarta vaga, a China bateu hoje os alemães e praticamente carimbou seu passaporte para, nas quartas, enfrentar justamente a Lituânia, num duelo que promete ser interessante; a seleção-sensação da competição contra os anfitriões.
Tudos esses resultados se devem a um basquete que é quase nivelado. O torneio masculino quase vem mostrando um equilíbrio interessantíssimo, que coloca várias seleções na disputa por medalhas e torna o já dinâmico basquetebol uma das atrações mais interessantes dessa edição dos Jogos.
E quando eu me refiro ao quase nivelamento do esporte, ao seu quase equilíbrio e digo que muitas seleções estão na disputa por medalhas e não pelo ouro, me refiro praticamente a um outro planeta do basquetebol chamado Estados Unidos. Posso queimar minha língua, mas acho que esse ano não tem para Argentina, Espanha, Rússia, e, muito menos, para a pobre Alemanha na última rodada da fase de classificação.
Publicado em 16/08/2008, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

Deixe um comentário
Comentários 1