O basquete atual globalizado

A disputa do basquete nos jogos olímpicos desse ano deve ser acirrada e o nível técnico das equipes promete ser alto, o que faz com que a briga pelo ouro seja mais nivelada.
Das doze pátrias participantes, pelo menos seis têm grandes chances de ganhar o ouro. Os EUA, que destoam um pouco dessa competitividade por contarem com os melhores jogadores do mundo; Lituânia, um time forte, que sempre chega como candidata ao título; Grécia, dona de um basquete coletivo impressionante; Espanha, credenciada pelo título mundial; Rússia, campeã européia de 2007; Argentina, atual campeã olímpica. Isso sem mencionar as seleções que podem chegar como surpresa e beliscar uma medalha, como a Alemanha, que possui um forte jogo debaixo da cesta, e a Croácia, que segue o exemplo da Grécia e conta com um ótimo jogo coletivo.
Esse equilíbrio vem crescendo nos últimos tempos. Houve época em que quase todos os torneios de basquete eram vencidos por Estados Unidos ou URSS. Esse basquete atual mais nivelado se deve ao fato de o esporte estar globalizado. Tirando Irã e Angola, que não devem ser adversários à altura dos outros selecionados, todas as equipes contam com jogadores atuando na NBA ou na Europa. Conhecendo e atuando nas melhores ligas de basquete do mundo os jogadores não melhoram apenas tecnicamente, mas também taticamente. Eles trazem para as suas equipes as características do jogo europeu ou norte americano. Com isso, a tendência é que o jogo fique cada vez mais equilibrado e os torneios cada vez mais disputados.
Devem destoar desse equilíbrio os times que não contarem com jogadores nos principais centros do basquete no mundo. Afinal, o fato de Angola e Irã serem apontados como os principais candidatos ao último lugar dos grupos e não terem jogadores atuando nas principais ligas do mundo não é apenas uma coincidência.
Publicado em 06/08/2008, em Artigos. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

Deixe um comentário
Comentários 1